E ela veio quando a vida se foi.
Tão bela quanto a outra,
Tão poderosa e tão aterradora
Quanto sua gemea oposta.
A morte vem para todos
Que foram tocados
Por sua gemea antonima,
A vida.
E o que me tornei
Quando a gemea fatal
Recusou-se a abraçar-me?
O que era eu
Se me ausentava de vida
E de morte?
Criatura horrenda e profana,
Rejeitada pelas irmãs do destino?
Qual era o propósito
De minha existencia?
Então o primogenito
Da trindade da cosmogonia
Veio a mim,
Poderoso Destino,
Aquele sem corpo,
Sem alma,
O que não vive
E não morre,
Ele era um ser?
Optei por me abster de tais questionamentos
Alheios ao meu conhecimento.
"Fera caída!"
Disse ele sem pronunciar
Nenhuma palavra.
"Es minha escudeira,
A partir de agora
Levarás o destino
Aos que fogem dele,
Quer seja a vida,
Quer seja a morte!"
E assim foi.
Nélia A. C. Simas, Agosto de 2012
(peço desculpas pela falta de alguns acentos,
meu pc está horrivelmente desconfigurado)